domingo, 24 de maio de 2009

"O medo paralisa o fluxo da vida"

Vale a pena refeltir...
Você tem medo de quê? Falamos da Era da Comunicação, Era do Conhecimento, Era da Informação e muitos já falam da Era dos Temores.
Temos medo de tudo. Medo de engordar, de emagrecer demais, de envelhecer, dos cabelos brancos. Medo da solidão, do tédio, da mudança climática. Medo de si e do outro. Medo de amar, de acreditar, de perder a esperança. Medo do vizinho, da criança do sinal, do homem da esquina, da mulher na calçada, da rua. Medo do sagrado, do profano, da loucura e da lucidez. Medo de ser inadequado, de não ser aceito, de ser julgado, de ser ignorado. Medo de não ser competente, de perder o emprego, de ser contratado e não corresponder, de não casar, do casamento, de sofrer e de se arriscar. Medo da fome, do escuro, da guerra, da seca e do vazio. Medo de estarmos plenos e de repente não ter nada. Medo das incertezas, de "ser" humano. Medo de ser feio, de ser belo e não ser suficiente. De ser feliz e não saber, medo de querer e se perder, do espelho, da cama sem graça, do quarto cinzento, da relação sem tempero. Medo que o tempero seja demais, medo da falta, medo de ser. Medo do fracasso e de não saber lidar com o sucesso. Medo das fragilidades, dos limites, do não e do sim.
Somos criaturas ambíguas. Somos seres cuja inocência se perdeu no paraíso de Eva e Adão. Ao mesmo tempo somos gigantes, construtores de muitas histórias, violadores do tempo. Desafiamos com tecnologias Cronos, o deus do tempo, e impulsionados pelo maior de todos os medos, aquele que nos fala da nossa finitude, corremos atrás do mistério da vida, de seu prolongamento, do elixir da juventude, da vida eterna. Temos a academia dos imortais, criamos vários mecanismos de eternização, placas, bustos, ruas, livros, filhos, monumentos, histórias e muito mais.
Será que nos falta algum conhecimento essencial? Nossas crianças estão assombradas. Não pela farra das histórias de fantasmas e "comadre Fulozinha". Quem dera fossem esses os seus pavores! Seus medos são reais, tão reais quanto os medos de seus pais.
A revista Vida Simples do mês de abril nos fala de alguns medos "que são alimentados pelas inseguranças e ansiedades contemporâneas". São eles: medo do fracasso, dos outros, de crescer, de mudança, medo do futuro.
Calma, gente! Imagino que existem saídas. Mas, estas são saídas nas quais eu acredito. Utopia? Que seja. Ela é alimento da alma e da imaginação. Uma das saídas é acreditar e viver o que Robert Happé nos fala "a nossa tarefa é de nos tornarmos livres e simplesmente expressarmos amor em nossas experiências cotidianas. A vida é muito mais plena de paz, quando vivemos com amor, do que quando vivemos com medo". E você, acredita em quê?

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